O último dos quatro ex-policiais de Minneapolis acusados pela morte de George Floyd foi considerado culpado de homicídio culposo.
Tou Thao, que reteve os espectadores enquanto três outros policiais imobilizavam o homem negro de 46 anos no chão, foi condenado pelo juiz do Tribunal Distrital do Condado de Hennepin, Peter Cahill, após um julgamento na cidade do norte dos Estados Unidos.
Thao optou por ser julgado por um juiz em vez de por um júri. Cahill o condenou na segunda-feira e a decisão foi divulgada na terça-feira.
Derek Chauvin, um veterano de 19 anos da força policial de Minneapolis, foi capturado em um vídeo que se tornou viral ajoelhado no pescoço de Floyd por quase 10 minutos, até que ele desmaiou e morreu.
Dois outros policiais ajudaram a conter Floyd, que estava algemado de bruços no chão, reclamando que não conseguia respirar, enquanto Thao afastava a multidão.
“Tal como os espectadores, Thao podia ver a vida de Floyd a desaparecer lentamente à medida que a contenção continuava”, disse o juiz.
“No entanto, Thao tomou uma decisão consciente de participar ativamente da morte de Floyd: ele segurou os espectadores preocupados e até impediu que um bombeiro de Minneapolis fora de serviço prestasse a ajuda médica que Floyd precisava tão desesperadamente”.
A morte de Floyd em maio de 2020 gerou protestos contra a injustiça racial e a brutalidade policial nos Estados Unidos.
Chauvin, que é branco, foi condenado por assassinato em abril de 2021 e sentenciado a 22 anos e meio de prisão.
Os outros dois policiais que detiveram Floyd, Thomas Lane e J. Alexander Kueng, se declararam culpados de homicídio culposo em segundo grau, a mesma acusação feita contra Thao.
Lane foi condenado a 36 meses de prisão, enquanto Kueng recebeu 42 meses.
A sentença de Thao foi marcada para 7 de agosto.
Chauvin, Lane, Kueng e Thao também foram condenados por acusações federais de violação dos direitos civis de Floyd durante sua prisão por supostamente usar uma nota falsa de $ 20.
O procurador-geral de Minnesota, Keith Ellison, chamou a condenação de Thao de "o resultado histórico e correto".
“Isso traz mais uma medida de responsabilidade na trágica morte de George Floyd”, disse Ellison em comunicado. "Responsabilidade não é justiça, mas é um passo no caminho para a justiça."
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