As medidas para restringir o comércio de tecnologia com a China são esforços limitados e de bom senso para evitar o fortalecimento de um rival militar, disse o principal diplomata dos EUA em Pequim.
“Não estamos olhando para a separação dessas duas economias, mas há áreas em que tomamos – e continuaremos a tomar – medidas que protegeriam nossos interesses de segurança nacional”, disse o embaixador Nicholas Burns em uma palestra on-line de China com o Stimson Center em Washington. Ele citou como exemplo a restrição de outubro às exportações de semicondutores.
“Isso poderia fortalecer as comunidades militar e de inteligência da China, e não há nenhuma razão no mundo para que os Estados Unidos desejem fazer isso, dado o fato de que estamos em uma grande competição com a China”, acrescentou.
Os comentários do embaixador reforçaram a mensagem de altos funcionários dos EUA nas últimas semanas de que o governo Biden busca “reduzir o risco”, mas não “desvincular-se” da segunda maior economia do mundo.
Burns disse que a maioria das empresas dos EUA quer ficar na China, mas está adiando os investimentos até que possam determinar se as perspectivas mais abertas de Pequim após o alívio das duras restrições “Zero Covid” do país durarão.
Burns disse que os EUA foram claros com as empresas americanas na China sobre os regulamentos que limitam o comércio em certas áreas e que não há confusão.
“Nosso investimento em nosso relacionamento comercial bilateral está aumentando, não diminuindo”, disse Burns. “Mas há certas áreas nesses campos de tecnologia avançada em que vamos implementar, já anunciamos, algumas medidas restritivas, porque isso é claramente do interesse da segurança nacional dos Estados Unidos.”